quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A ascensão do neofascismo

Carapanã

Vejo uma quantidade cada vez maior de textos e vídeos sobre "realismo de raça" e "ciência de raça" quando faço uma rodada nesses circuitos que se autointitulam conservadores, liberais clássicos ou libertarians. Isso é um dos pilares da extrema-direita no hemisfério norte.

Colonização, escravidão, guerras, segregação racial e a destruição de milhões de vidas no processo de expansão da Europa nos últimos cinco séculos deixam de ser um argumento possível de explicar as desigualdades existentes. Entra a "ciência de raça".

O mundo inverso das ficções confortáveis produzidos pela "história politicamente incorreta", infelizmente, contribui para isso. Europeus ali são representados não como colonizadores mas como "empreendedores naturais", autores únicos de uma coisa chamada "Civilização Ocidental".

O genocídio dos indígenas e a escravização dos africanos são invertidos e representados como responsabilidade desses povos - como se a discussão não estivesse nas consequências do curso da História, mas numa aplicação de responsabilidade coletiva.

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