sábado, 29 de dezembro de 2018

Num mundo honesto Netanyahu e Bolsonaro estariam presos

Claudio Guedes

Num mundo honesto

Quem é o primeiro ministro israelense que está em visita ao nosso país?

Um líder de extrema-direita, arrogante e boçal. Mas não só. Existem sobre ele várias acusações de corrupção. Esta semana foi, pela terceira vez, acusado pela Polícia de Israel (algo como a nossa PF) de ter cometido crimes graves. Segundo os investigadores, há indícios suficientes para indiciar o chefe de Governo por “suborno, fraude e quebra de confiança”, no caso das investigações sobre as relações deste com o conglomerado de comunicações Bezeq.

Este é Benjamin Netanyahu, chefe do partido conservador de direita Likud.

Comanda um governo que trata as populações civis de palestinos dos territórios de Gaza e da Cisjordânia com extrema crueldade, uma verdadeira tortura pelo controle absoluto que mantém sob os territórios (controlando as suas entradas e saídas), pelas privações econômicas e humilhações que submete aos que lá residem e pelos ataques sistemáticos que realiza nas suas áreas.

Fosse o mundo um lugar mais honesto, não tivesse Israel e seus governantes a proteção absoluta dos EUA (que veta sistematicamente qualquer ação da ONU contra o governo de Israel), Benjamin Netanyahu jé teria sido julgado e condenado por crimes contra a humanidade pela Corte Penal Internacional, com sede na Haia, nos Países Baixos.

Provavelmente estaria preso.

Trata-se de um duplo criminoso. Cometeu crimes contra populações civis indefesas - mulheres, crianças e idosos - e, segundo a própria Polícia de Israel, é também corrupto.

E este o governante estrangeiro que ora nos visita.

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