Lula é o protagonista da política desde 1989 quando foi derrotado por Collor. Em 1994 liderava as pesquisas de intenção de voto. Isso levou o governo a agir e implementar o Plano Real. Graças ao controle da inflação Lula foi derrotado. Neste sentido, Lula como opositor obrigou o governo a controlar e manter baixa a inflação, caso contrário perderia a eleição de 1998. A força de Lula também obrigou FH a aprovar a reeleição para si mesmo, pois aquele governo correria riscos de perder para Lula com outro candidato que não fosse FH.
Em 2002 o eleitorado deu a vitória a Lula para reduzir o desemprego. A partir daí seu sucesso foi imenso, foi reeleito, elegeu sua sucessora e ela foi reeleita. Lula foi impedido de se tornar ministro de Dilma, pois caso passasse a coordenar a política e a economia poderia reerguer o governo. Dilma foi deposta e Lula condenado, preso e declarado inelegível, para que não disputasse 2018. Proibiram até que desse uma simples entrevista no decorrer da campanha.
Com Bolsonaro como presidente, se Lula afirma que há militares entreguistas no dia seguinte o Gal Heleno dá um chilique. As ações de Sérgio Moro para condenar Lula são desmascaradas. Em função disso, o principal assunto passa a ser se Lula será ou não libertado. Raquel Dodge age para que isso não ocorra. Enfim, esse fio poderia ser três vezes maior para relatar os fatos que fazem de Lula o mais importante ator político do Brasil desde 1989.
Obviamente o PT ganha com isso. Todo o debate destas semanas gravita em torno de Lula e do PT. É triste e injusto que Lula tenha sido derrotado por Moro no tapetão, utilizando-se dos recursos inquisitoriais de nossa justiça.
Alberto C. Almeida
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