Moisés Mendes
Perguntas que vão completar duas semanas amanhã: por que a força-tarefa da Lava-Jato não desmente os diálogos de mensagens vazadas e entregues para divulgação ao Intercept?
Por que Sergio Moro e Deltan Dallagnol não são categóricos ao tentar dizer que não disseram o que aparece nas conversas?
Não é preciso repetir agora respostas pretensamente jurídicas, na linha de que eles se preservam diante de possíveis provas que surgiriam mais adiante.
Moro e Dallagnol estão jogando para a plateia deles, para quem acredita que agiram sempre na legalidade. Mas essa plateia está sendo reduzida a cada vacilo, como aconteceu com a nota de ontem em que os procuradores tentam desmentir uma notícia, mas não desmentem as mensagens trocadas sobre a procuradora Laura Tessler.
Moro e Dallagnol usam como estratégia a desqualificação do que chamam de notícia, que é a informação divulgada sobre os diálogos vazados. Atacam a notícia e o que imaginam ser um grupo de hackers, mas não desmentem os diálogos entre eles e outros procuradores.
A convicção que tiveram para condenar Lula falta agora para reconhecer ou desmentir as próprias conversas. Falta convicção e faltam também outras coisas.
A força-tarefa de Curitiba e seus atuais e ex-integrantes sabem o que está faltando.
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