O PT sempre foi uma aliança de classes trabalhadoras com setores da pequena burguesia de esquerda. Ao inserir setores produtivos da burguesia nessa aliança, rachou o apoio de classe média.
Hoje, com a base mais pobre aderindo a programas políticos ligados a igrejas evangélicas, há um aumento relativo da importância dos setores mais escolarizados de forma diretamente proporcional à redução em termos absolutos da militância de base, de carne e osso.
Daí decorrem algumas das pressões idealistas para "refundações", "adaptações", "rejuvenescimentos", principalmente para tornar prioritárias pautas de uma agenda de costumes, a qual inclusive foi levantada lá atrás pelo próprio PT.
Assim se relativiza a urgência de uma agenda econômica e política realmente capaz de se contrapor ao movimento golpista em marcha como frente ampla antipetista desde 2013.
Se depender desse grupo pequeno burguês, ele próprio eclético, o PT vira um grande PSOL, diferenciado por ter experiência em gestão e ser mal afamado.
Sem trabalhador não existe Partido dos Trabalhadores. Aí deve ser o foco. Esforços para garantir frentes e apoios na Vila Madalena e no Leblon com gente que concorre para a proscrição do PT não podem congelar o partido enquanto a ARENA retoma as massas.
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