quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O excelente discurso de Bolsonaro na ONU

Eu gostei do discurso de Bolsonaro na ONU. Sem ironias. Explico-me.

Estava com receio de que, com a ajuda de algum diplomata experiente ou de algum assessor com habilidade política (sim, eu partia do pressuposto de que havia pessoas assim na equipe presidencial), o capitão da reserva fizesse um discurso de moderação, de apaziguamento, de equilíbrio, de ponderação, algo que louvasse a democracia, reafirmando, simultaneamente, os compromissos internacionais e a soberania nacional, as expectativas com o futuro e as limitações do presente, as liberdades individuais e as necessidades coletivas.

Minha preocupação não se justificou.

O homem que odeia negros, pobres, mulheres, indígenas, comunidade LGTB+, imprensa, ciência, universidade e todo mundo que pensa diferente dele foi agressivo, inepto, arrogante, equivocado, demonstrando sua imensa dificuldade de ler o mundo e o teleprompter.

O homem que adora as ditaduras que lhe convêm, que louva torturadores, que tem um amor doentio e submisso pelo Tio Sam, que defende a "família" (sobretudo a própria), que acredita num cristianismo perverso e intolerante conseguiu, durante 20 minutos, mostrar para o mundo, estupefato, o que nós, brasileiros, já sabíamos há muito.

Bom que tenha sido assim.

Bolsonaro não conseguiu deixar de ser o que ele é: um homem tosco, grosseiro, preconceituoso, burro, que não entendeu a importância do cargo que ocupa, o ambiente em que ele estava e muito menos o efeito devastador que discursos como esses podem ter para o país que ele diz amar.

Só faltou fazer arminha com a mão e usar aquele slogan nazista de campanha. Espero que ele tenha coragem de fazê-lo na Assembleia Geral do ano que vem, até que a ONU perceba que não há nenhum sentido em o Brasil ter qualquer protagonismo internacional durante esse desgoverno. Deixemos o primeiro discurso para alguém que tenha algo a dizer.

Triste, mas é o que merecemos.

Por Eduardo Calbucci
(Não sei quem é, não tenho link)

Um comentário:

  1. Algumas vezes penso que a plástica, que a hiena miliciana fez no nariz, afetou o seu cérebro. Não é possível que uma criatura pode ser tão estúpida e não ter o menor senso de ridículo. A essa altura ele já deveria ter pedido para sair. Já nos lesou e nos roubou tempo suficiente, encheu seu bolso-naro, de seus capangas, de familiares, um dos filhos já amealhou 37 aptos. FORA JAIR MILICIANO E SEUS CAPANGAS!!!

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