Ricardo Costa de Oliveira
O que as pesquisas de opinião revelam é que a popularidade de Bolsonaro está derretendo lentamente, mas derretendo. O primeiro ano deveria ser de apoteose, uma lua de mel de um novo governo, o zênite, mas Bolsonaro é que nem rabo de cavalo, cresce para baixo e só sai excremento.
O cenário internacional promete isolamento. Forte possibilidade de crise econômica internacional em 2020, Trump na defensiva com o impeachment, bem documentado, o Estado Neo-nazi-fascista-apartheid de Israel em crise política com Netanyahu. A Argentina neoliberal de Macri em queda livre, como todo governo de direita no poder. As pressões internacionais da Coreia do Norte, Cuba, Irã, Venezuela encarando um acovardado Trump, ciente de suas fraquezas e fragilidades geopolíticas. Uma China com crise política em Hong Kong e podendo se espalhar.
O que segura a base social reacionária de Bolsonaro, um mero feitor dos interesses da Casa Grande brasileira, é o conjunto de interesses imediatos das corporações e do grande empresariado. A rapina e o roubo das aposentadorias, a privataria das últimas estatais, os aumentos para a magistratura, a cúpula militar e grupos da mídia, com o grande capital financeiro, seguram o núcleo duro tradicional dominante com a família miliciana no poder. A partir do momento que a grave crise na educação, na saúde nas periferias explodirem, o feitor não vai segurar a impopularidade já decrescente. Para o ano que vem a queda se acelerará uma vez que a classe trabalhadora negra, subalterna, favelizada e periférica perceber o arrocho salarial e a violência policial contra suas vidas. Lembremos que Bolsonaro só ganhou por causa dos "swinging states" do Rio de Janeiro e Minas Gerais, exatamente onde a crise é mais forte e ameaçadora.
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