terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A praga publicitária



Houve tempo em que compunham versos, “Veja ilustre passageiro...", mensagens ricas de sentido da estrela brasileira, de Norte a Sul, rogando “amor e paz”; cantavam a liberdade em soutiens adolescentes e a banha rosa sobre tema de Bach em marcha-rancho Jesus alegria dos homens.

Agora são só chatos contando cliques.

Não se pode ter um telefone. Tocam insistentemente. Não se pode dizer não. Esticam: “mas ...”.

O e-mail, ocuparam. E o SMS. O WhatsApp está sob cerco de mentirosos profissionais. Entopem as mídias sociais com ofertas que você já comprou.

Não adianta reclamar aos governos. Eles não mandam mais nada.

É o poder global, desigual, autoritário. Modo Imperativo.

O Império da Mentira Tosca e da Retórica Mambembe.

Em laboratórios secretos, projeta-se o publicitário-mosquito, drone das madrugadas, que nos aporrinhará em sonhos.

Em cada calombo, ao amanhecer, uma oferta latejando.

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