"Minha especialidade é matar", disse esse monstro que tem a pele virada do avesso, vísceras expostas penduradas pela garganta, ainda em 2017. Ele nunca mentiu pra ninguém. E por isso foi eleito. Foi eleito por gente com uma irrefreável pulsão de morte. Ele prometeu fuzilar a petralhada, prometeu matar bandidos (sabemos bem que classe social e etnia tem esses "bandidos"), tornou negros, mulheres e gays matáveis com seu discurso.
Isso tudo para proteger o homem de bem, que sabemos bem quem é. Só que agora suas atitudes diante da pandemia demonstraram que o homem de bem também pode morrer dentro da lógica desse governo.
Estive no museu de Auschwitz. O genocídio nazista tinha um recorte claro de segmentos a matar para proteger o "homem de bem", sabemos bem quem eram.
Pois acaba de sair Datafolha dizendo que a aprovação do monstro permanece no mais alto patamar. Não vou entrar no mérito se a pesquisa é crível ou não, partamos do princípio que seja.
O que o verme está fazendo diante da pandemia é matar também o "homem de bem", sabemos bem quem são. Coisa que Hitler também fez, quando mandou seus homens de bem para a guerra. Mas era guerra. Não era extermínio em casa.
Daí fica a pergunta sincera para historiadores: existe parâmetro histórico para o genocídio em curso no Brasil? Um genocídio universal, de toda uma nação, não de segmentos dela? Fosse Hitler enfrentando essa pandemia, só os arianos heterossexuais teriam a vacina. Mas teriam. Aqui, nem os bolsomínions terão.
Genocídio é um projeto de poder, é matar outro grupo para concentrar poder no seu. O que vemos aqui é um projeto de extermínio generalizado, no qual não apenas a vida do inimigo, do diferente, nada vale, mas até a dos próprios apoiadores do projeto. Que seguem apoiando.
É um genocídio suicida. Precisa uma palavra nova.
Em tempo: não estou sugerindo que o corrente genocídio seja pior ou menos pior que outros, não mesmo, só comparando semelhanças e singularidades.
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