Os jornais publicam que, segundo o porta-voz da Presidência,
general Otávio do Rêgo Barros , Jair Bolsonaro tem um “plano estratégico” para o país
chegar ao final do ano” com um ambiente de mais tranquilidade, inclusive na
economia”.
Louve-se o empenho do general em defender o chefe, mas o
Brasil, o Mundo e o Universo sabem que Jair Bolsonaro não tem plano algum,
senão o da demagogia irresponsável que exibe liberando o porte de armas e até –
deus meu! – retirando a obrigatoriedade do uso de cadeirinhas de bebê nos
automóveis. O que, aliás, relembra Bruno Boghossian, na Folha, era sua intenção desde 2010, quando era ainda um obscuro deputado.
Aliás, parece que é o país quem está andando com crianças no
banco da frente.
Na economia, descobriu-se que Paulo Guedes não é o “Posto
Ipiranga”, é o sujeito do comercial que, quando se pergunta por alguma medida
para tirar o país do atoleiro, responde: “é logo depois dali, da reforma da
Previdência”.
E a própria reforma, enquanto o presidente cuida de se os
carros devem ou não trafegar de farol aceso, periga, ao ponto de Bolsonaro
confessar, publicamente, que não tem os votos para aprová-la, quatro meses depois de
tê-la levado ao Congresso.
O país não tem política industrial, não tem política
agrícola, não tem políticas sociais. Para não ser injusto, tem uma política
armamentista e homicida, incentivada por um presidente que açula as forças
policiais a atirarem à vontade:
— Se nós botamos armas na mão das Forças, é para usar. Se
não for para usar, deixa em casa.
Assim, sem ressalvas, sem um “em último caso”, sem um
“apenas quando for atacada”: apenas “é para usar”.
Há uma possibilidade, porém, de Jair Bolsonaro ter um “plano
estratégico” que vai se desenvolvendo muito bem: o de destruir a civilização
neste país, transformando-o numa selva miserável e violenta, com um exército
dedicado a proteger as ilhas de riqueza de uma multidão que, segundo Rodrigo
Maia, atende pelo nome de “colapso social”.
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