Existem alguns truques que Bolso pode lançar mão com o objetivo de melhorar a sua cadente popularidade. A ideia é aliar regressismo (o chão firme dos militantes do atraso) com a busca - a qualquer preço - de popularidade.
Vejamos:
1) Refazer o cenário da facada, agora como um atentado a tiro. Bolso irá caminhar no Viaduto do Chá. Ouvem-se muitos tiros (de festim). Bolso se atira ao solo, não sem antes furar uma bolsa de sangue cenográfico, que deverá jorrar para as câmeras adrede preparadas. Sugere-se muito sangue, de humilhar Quentin Tarantino.
2) Relançar os geniais Don e Ravel, com o chiclé musical "Eu Te Amo, Meu Brasil". Letra atualizada e clima gospel-ostentação.
3) Recuperar o gesto publicitário do general Médici, que comparecia a jogos de futebol - sempre com grande público - munido do seu radinho de pilha colado ao ouvido. Para reforçar, Bolso pode usar dois radinhos, um em cada ouvido, sugerindo que ele acompanha os jogos do Palmeiras e do Internacional.
4) Remontar o Banco Nacional da Habitação (BNH), agora sob a gestão animal da rapaziada do próspero bairro de Muzema, do Rio. O programa habitacional deles é exemplar, de baixíssimo custo e deve ser replicado no Brasil inteiro, como forma de construir uma nova imagem de Bolso, retomando o desenvolvimento produtivo e alavancando a construção civil do País.
5) Recriar o programa televisivo "Os Trapalhões", sempre sob a coordenação de Didi Mocó, mas com a necessária participação dos três filhos de Bolso, acrescido do deputado Hélio Bolsonaro, aquele cavalheiro afro que pode fazer o papel do saudoso Mussum (mas sem fala, na linha Buster Keaton).
6) Aliás, Hélio Bolsonaro, em novo formato comunicacional do governo Bolso Parte Dois, pode ser o porta-voz do Planalto. Como Hélio quase não fala, e não tem nada para apresentar como realização de governo, nos parece que tudo concorre para um desempenho notável do referido cavalheiro.
7) Relançar veículos automotivos como o Fusca (Itamar tentou, mas errou no marketing), o Gordini, o Simca-Chambord, o Aero Willis, e o saudoso caminhão FNM. Agora com motor ecológico, usando o carvão e a lenha que resultam das queimadas incompletas da Amazônia, o célebre motor gasogênio. É uma resposta, eu diria um tapa de luva mesmo, a Macron e aos europeus que ainda não entenderam os gestos nobres de Bolsonaro.
Estas sete medidas, caso implementadas, serão decisivas para que o Brasil e os brasileiros entendam Bolso na sua verdadeira e autêntica dimensão, sobretudo o seu espírito animal (no bom sentido, claro).
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