Leandro Fortes
Não há a menor chance de Jair Messias Bolsonaro não se transformar, no próximo dia 24 de setembro, no governante mais odiado e desprezível do mundo. E não tem nada a ver com o conteúdo do discurso, seja lá qual for, que ele está preparando para a ONU, no Palácio do Planalto, com os assessores desastrados com os quais costuma se aconselhar.
Isso porque não há verdade que se acomode na boca torta e nauseabunda de Bolsonaro. Não importa o assunto, toda fala de Bozo parece sibilar numa frequência maligna, mentirosa, repleta de falsidades e maus agouros.
Além disso, mesmo que os assessores consigam formatar um discurso que, ao menos, não agrida o bom senso, será impossível contornar a barreira dislexo-cognitiva do presidente. Como se sabe, mesmo diante de um texto escrito, Bolsonaro é absolutamente incapaz de recitá-lo sem engolir palavras e regurgitar preconceitos.
De qualquer maneira, Bolsonaro já entrará derrotado nas Nações Unidas. Oficialmente, o Brasil foi impedido de ter voz na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas, que irá ocorrer um dia antes da programada fala de Bozo, na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU.
Para desgosto do governo federal, o único porta-voz brasileiro credenciado a falar no evento será o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, do PSB, em nome do Consórcio Nordeste – a pátria que ainda nos resta.
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