sábado, 27 de junho de 2020

Lya Luft votou em Bolsonaro porque defende e pratica a ideologia escravista

 
Sou otimista, mas não sou boba. Estou cansada de ver esses bandidos do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadirem terras, surrarem velhos casais de proprietários e seus peões, escrever com fezes nas paredes e matar o gado de fazendas. Eles não são pobres, mas arruaceiros que bebem cachaça, usam celulares e têm ônibus.
Lya Luft em entrevista ao Estadão em 2006

Sírio Possenti

Sobre Lya Luft: não acho que ela votou contra o PT por causa da corrupção (se fosse por isso, como pessoa bem informada, deveria saber coisas bem grossas do RS e do Brasil). Então, a meu ver, evitar o PT era votar em Jair apesar de: 

a) ter dedicado aquele seu voto ao Coronel Brilhante Ustra); 
b) ter dito o que disse de mulheres, negros, índios e homossexuais; 
c) ter declarado mais de uma vez apoio à ditadura, à tortura e aos milicianos. 

Mas talvez haja algo mais: ela não queria mais o PT por ter instituído as cotas, ter dado direitos trabalhistas (banais) à domésticas, ter permitido o consumo de alguns bens pelos mais pobres, entre os quais passagens de avião (que causavam horror à classe media). Em suma, eu acho que ela votou como escravista.

Perdoar? Decisão de cada um (acho que ela está andando). Esquecer? Seria esquecer da análise de conjuntura que uma certa (e numerosa)  classe média que se acha culta e civilizada fez. Coisa de casa grande. É meu  palpite.

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