quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Apelo aos cirandeiros do Leblon e Vila Madalena: deixem São Gonçalo em paz!

Vinícius Carvalho

Faço um apelo aos camaradas e os petistas de alta casta de São Paulo e das zonas centrais do Rio de Janeiro, continuem cuidando do CIRANDAÇO do Boulos aí e deixem São Gonçalo em paz.

Deixa a política periférica do Rio para quem entende. Gente que só entende de política de ler em livro não serve neste momento. É igual ir à restaurante para ficar lendo o cardápio. Vão rodar o bundaço no Largo da Batata, com suas boinas de Cuba e seus braços em riste, porque em São Gonçalo a BALA VOA. São mundos, países, planetas diferentes.

Só uma coisa explica essa catarse coletiva pela carta assinada do Dimas, os caras são tão fanáticos por NOTAS DE REPÚDIO, que só eles levaram a sério a tal carta dos crente. 

O caso São Gonçalo é emblemático e revelador do tal "Brasil profundo":

- Pessoas progressistas da região e de todo o subúrbio do Grande Rio defendendo o Dimas, desesperados com o possível retorno de um chefe de grupo de extermínio ao poder municipal.

- Socialistaços e cirandeiros ilustrados, intelectuais da USP e do IFCS com salários de dois dígitos, gente que não mora na região e vive em bolhas de classe alta, indignados com o Dimas. De perninha cruzada, fumando cigarro de cereja, recitando tropicália, Butler, Trotsky e Neruda, dizendo: "assim eu não quero, assim eu não admito".

Vão à merda. Vão andar de Papa Móvel com a Erundina, aproveitem e façam pole dance como a Marta, só não passem COVID pra Erundina porque ela é grupo de risco.

Aí depois não sabem porque as militâncias ficaram em pé de guerra no 1° turno em São Paulo, olha a arrogância dos cabras. Olha como essa turma conduz o debate.

Quero que o Boulos vença, mas se perder, vocês já sabem o motivo. Vai botar esse tipo de gente aí pra conversar com o povo, é óbvio que vai dar merda.

O que eu oriento aos meus amigos mais jovens que estão se interessando por política é, ou construam um partido novo, com as ideias de vocês, longe dessa cacalhada.

Existe espaço para uma esquerda verdadeiramente popular, não sectária, com diálogo, com gelada no copo e consonância com o povão, que se adapte ao mundo real, livre de uma visão eurocêntrica da coisa e sem tirar do bolso mais de 900 livros que ninguém mais liga, ninguém mais lê.

E esse caminho não está nos partidos tradicionais, ou melhor, em NENHUM dos partidos existentes.

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