Com 224 mortes registradas na últimas 24 horas, o Estado do Rio de Janeiro voltou a apresentar números que não alcançava desde a pior fase da pandemia, em meados de maio passado.
224 vidas perdidas em um dia, o mesmo que cair um avião lotado aqui mesmo e sem sobreviventes.
Na capital, a taxa de ocupação da rede pública municipal supera os 95%, com 243 de 251 leitos de UTI acolhendo pacientes graves.
A situação do país, como tão cansativamente se repete aqui, está em franca deterioração. 756 mortes e mais 34 mil casos hoje.
Os 167 mil mortos da Covid-19 já são 13% de todas as mortes, por todas as razões, comparadas ao total de 2019.
Coração, cânceres, assassinatos, acidentes de trânsito, nada disso mata mais que o coronavírus.
Não temos mais governo, nem ministro, nem secretários de Saúde, salvo exceções.
A disciplina da sociedade para a prática do distanciamento social, a aceitação das restrições às atividades econômicas e a capacidade de prover a subsistência pela via do moribundo auxílio emergencial estão minguadas ao extremo.
Estamos na mão do acaso, da sorte ou azar de que a transmissibilidade do vírus nos ajude a que tudo seja, apenas por um acaso, menos terrível do que foi seis meses atrás.
Porque, afinal, não somos “maricas” e temos de morrer e ver morrer para…para quê, mesmo?
Ah, sim, para irmos ao shopping, à academia, ao luau do Arpoador…
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