O voto útil é uma estratégia complicada, sobretudo em eleições com candidatos embolados, preferências voláteis e institutos de pesquisa com dificuldades crescentes para entender o eleitorado.
Lembro que em 1998, para o governo paulista, muita gente abandonou Marta Suplicy, então candidata do PT, e votou no Covas (o avô) para impedir um segundo turno entre Maluf e Francisco Rossi (hoje quase esquecido, um oportunista de direita criado no próprio malufismo).
Pois Covas ficou só 75 mil votos, menos de meio ponto percentual, à frente de Marta - e Rossi quase um milhão de votos atrás dela, num distante quarto lugar. Há pouca dúvida de que o "voto útil" acabou por tirar do segundo turno a candidata preferida daqueles que optaram por ele.
Digo isso porque vejo muita gente anunciando voto em outra Martha, a Rocha, como solução heroica para tirar Crivella do segundo turno no Rio. Não acho que exista nenhuma segurança de que seja esse o caminho. Até onde é possível ver, o adversário de Paes permanece indefinido entre Crivella, Martha Rocha e Benedita.
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