Excerpt: Superior https://t.co/JQo0N11frE— Popular Science (@PopSci) 31 de maio de 2019
Quando se descobriu que são os europeus e não os aborígenes australianos que têm mais parentesco com os neandertais, a imagem do homem de Neandertal passou por uma transformação dramática.
"Quando seus restos foram descobertos em 1856, o naturalista alemão Ernst Haeckel sugeriu nomear-lhes Homo stupidus. Mas agora esses mesmos neandertais, outrora definição de dicionário de assassinos simplórios, boçais e incivilizados, foram estranhamente reabilitados."
Em 2018, pesquisadores na Suíça e na Alemanha sugeriram que os neandertais tinham um "comportamento cultural sofisticado", levando um arqueólogo britânico a se perguntar se "eram muito mais refinados do que se pensava".
Um arqueólogo na Espanha afirmou que humanos modernos e neandertais devem ter sido "cognitivamente indistinguíveis".
"Os neandertais são romantizados. Não estão mais aqui e não temos muitas evidências sobre como eles eram ou como viviam, o que significa que eles podem ser o que quisermos que eles sejam. Somos livres para projetar boas qualidades, coisas que admiramos e nossos ideais neles".
Por mais de um século, a palavra “neandertal” foi sinônimo de baixa inteligência. No espaço de uma década, uma vez que se suspeitou da ligação genética com os europeus modernos, tudo isso mudou.
"Se fossem os aborígenes australianos que tivessem alguns ancestrais neandertais em vez dos brancos europeus, nossos primos neandertais teriam tido sua imagem tão extraordinariamente reformulada? Eles teriam sido recebidos com tantos abraços calorosos?"
"Os neandertais foram trazidos para o círculo da humanidade por terem um pouco de parentesco com os europeus - e se esqueceu que, há um século, foi sua suposta semelhança com nativos australianos que ajudou a expulsar estes últimos, seres humanos vivos e reais, deste circulo"
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