quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A dinâmica do fascismo


Cristóvão Feil

Pesquisas Datafolha e Vox Populi constatam que o núcleo duro do bolsonarismo no país está ao redor de 10% e não dos 30% que se supunha até agora.

Isso - rigorosamente - não quer dizer muita coisa, posto que a dinâmica política se modifica mais que as nuvens em céu ventoso. Para o bem e para o mal.

Nas eleições parlamentares de 1928 na Alemanha, os nazistas não alcançaram 3% dos votos populares, ficando em último lugar entre nove partidos registrados, com 12 deputados no Parlamento.

Nas eleições seguintes, em 1930 (após o início da longa e profunda crise mundial de 1929), os nazis pularam para a segunda colocação na preferência popular, atrás somente da social-democracia, e fizeram 107 parlamentares.

Em julho de 1932, os nazistas elegem 230 deputados no Reichstag alemão, ficando em primeiro lugar, embora não logrando maioria. Na sequência, o chanceler Hindenburg nomeia Hitler como chanceler (espécie de primeiro-ministro), e este consegue maioria através de alianças com os conservadores católicos.

O cenário bélico e caótico para o mundo todo estava montado.

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