Claudio Guedes
Espelho meu
Fosse a vaidade punida com a morte, o ministro Luís Roberto Barroso já estaria em algum campo santo debaixo de uma lápide de granito negro com o seu busto em cobre e o nome grafado em ouro.
”Só faço o que é certo, justo e legítimo", disse ele, hoje, 19/9, ao ser contestado pela busca e apreensão no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, nas salas do senador Fernando Bezerra Coelho e seu filho deputado de mesmo nome.
Os Coelhos, ricos mandatários de Petrolina, PE, há décadas, não são exatamente “flor que se cheire”, mas a operação da PF nas sedes legislativas, por supostos crimes cometidos anos atrás, foi uma provocação, algo despropositado. Busca e apreensão, quando indícios são fortes, em escritórios particulares e residências de parlamentares ainda vá lá, se bem fundamentada, mas em dependências públicas, do Poder Legislativo, é apenas demonstração de poder, de mando.
Mas o visconde de Vassouras, o ministro que se encanta ao som da própria voz, não erra nunca, só faz, segundo ele, o que certo, justo e legítimo. Uma mistura de vaidade com boçalidade. Extremas ou supremas?
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