Artur Araújo
UM DIA COMO OUTROS NO MUNDO DE HOMER CADO
A cena de comédia-pastelão é de uma corretora de Wall St. Reproduz-se, há semanas, em milhares de capelas em todo o mundo, onde oram e laboram os obreiros de Homer.
Um vírus atacou a membrana externa da bolha de capital fictício, sustentada por alavancagem, e a realidade se fez duramente presente: a bolha estourou; a pirâmide de dívidas para especular está sem garantias e pode desabar; e as bolsas só começam a refletir o ainda mais grave, que a economia real, a da produção e consumo de serviços e bens, travou total.
A teologia da IURF, a Igreja Universal do Reino das Finanças, se comprovou crendice perigosa, mero embrulho para meros interesses materialíssimos travestidos de "ciência econômica" e de "jornalismo".
Nós, humanos comuns, os 99%, torcemos para que o Covid-19 nos ajude a eliminar um rebotalho do passado que se vende como panaceia do futuro.
Talleyrand dizia que os Bourbons nada aprendiam e nada esqueciam. Em pleno século XXI, a grei de Homer nada aprende e tudo faz para que esqueçamos os seguidos desastres que provocam o liberalismo econômico modelito século XIX e a sanha dinheirista do 1%.
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