terça-feira, 10 de novembro de 2020

Novidades para 2021: Guedes prevê hiperinflação

'Brasil pode ir para hiperinflação muito rápido se não rolar dívida satisfatoriamente', diz Guedes 

O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA e SÃO PAULO - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 10, que o Brasil pode "ir para uma hiperinflação muito rápido" se não rolar a dívida satisfatoriamente. No evento "Boas práticas e desafios para a implementação da política de desestatização do governo federal", organizado pela Corregedoria-Geral da União (CGU), ele se disse frustrado por não ter conseguido ainda privatizar nenhuma empresa estatal, como prometido na campanha do presidente Jair Bolsonaro, e defendeu desinvestimentos para reduzir o endividamento público.

Os economistas classificam de "hiperinflação" quando o principal conjunto de preços de um País - o Índice Nacional de Preços a Consumidor Amplo (IPCA), no caso brasileiro - aumenta de valor em mais de 50% em um mês. O Brasil viveu mais de uma década nessa situção, entre o começo dos anos 1980 e o lançamento do Plano Real em 1994. Em março de 1990, a inflação mensal ultrapassou a casa dos 80%. 

Como comparação, em outubro deste ano o IPCA subiu 0,86%, de acordo com dados divulgados na sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O centro da meta de inflação para todo o ano de 2020 é de 4%, mas os analistas de mercado esperam um índice de 3,20% neste ano, de acordo com o Relatório Focus do Banco Central publicado na segunda-feira, 9.



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