quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O miliciano genocida passou dos limites pela centésima vez. E daí?


Luis Felipe Miguel

Ontem Bolsonaro - que surpresa - passou dos limites, não é mesmo?

Vestiu de vez a camisa de capitão do "team coronavírus", escancarou que está jogando a vida dos brasileiros na roleta da sua ambição política mesquinha, mostrou que está aparelhando todos os órgãos do Estado brasileiro, reforçou seu machismo caricato e sua homofobia assustada. De quebra, ainda anunciou uma guerra contra Biden...

Da próxima vez que Bolsonaro passar dos limites (e isso acontece todos os dias), não olhem para ele.

Olhem para Rodrigo Maia e os deputados do Centrão, olhem para Toffoli, Fux e seus colegas do Supremo, olhem para os generais de exército, olhem para os luzeiros da nossa classe dominante.

Bolsonaro continua no cargo graças à omissão, à complacência e à cumplicidade deles.

Eles não têm os modos de baixa caserna do presidente da República. Eles sabem postar tuítes compungidos e hipócritas cada vez que a contagem dos mortos alcança um novo patamar ou que a diarreia verbal que escorre do Palácio do Planalto se torna excessiva.

Mas na verdade não dão a mínima - estão dispostos a continuar assim enquanto os direitos forem sendo suprimidos, o patrimônio nacional vendido na bacia das almas, as prebendas distribuídas.

Cada morte deve ser contabilizada para cada um deles, tanto quanto para Bolsonaro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário