Em setembro do ano passado mudou tudo na Polícia Civil do Rio. Claudio Castro nomeou para comandá-la um delegado chamado Allan Turnowski, que teve, segundo matéria da época do jornal Extra, "a benção de Flávio Bolsonaro".
Na subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, assumiu Rodrigo Oliveira, descrito pela revista Veja, também na época, como “um cara de tiro, porrada e bomba” e como "um policial muito próximo dos Bolsonaro”.
O título da matéria da Veja era "Como o clã Bolsonaro tenta recuperar seu espaço político no Rio".
Curiosidade: quando foi chamado para a reestruturação claudiano-bolsonarista da Civil do Rio, na esteira da defenestração de Witzel, Oliveira estava há um ano e meio afastado da polícia, atuando como "consultor da Petrobras".
Um mês depois de assumir, Rodrigo Oliveira comandou uma operação em Itaguaí que resultou na morte de 12 pessoas. Segundo a Civil, todos milicianos. Ontem, ele comandou o massacre de 25 pessoas em Itaguaí.
Em duas operações num intervalo de oito meses, a equipe de Rodrigo Oliveira, só a equipe de Rodrigo Oliveira, matou três vezes mais pessoas do que a média de letalidade policial por ano na Alemanha.
Anteontem, horas antes da operação no Jacarezinho, Bolsonaro se reuniu com Claudio Castro no Palácio Laranjeiras.
Se o Rio ainda tiver imprensa, alguém poderia fuçar se, além de Castro, mais alguém "muito próximo dos Bolsonaro” participou da reunião que antecedeu a operação no Jacarezinho, que foi sucedida, por seu turno, de um discurso de Rodrigo Oliveira contra o STF.
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