sexta-feira, 7 de maio de 2021

Quadrilha de Bolsonaro retoma espaço político no Rio com chacinas

Hugo Souza

Em setembro do ano passado mudou tudo na Polícia Civil do Rio. Claudio Castro nomeou para comandá-la um delegado chamado Allan Turnowski, que teve, segundo matéria da época do jornal Extra, "a benção de Flávio Bolsonaro".

Na subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, assumiu Rodrigo Oliveira, descrito pela revista Veja, também na época, como “um cara de tiro, porrada e bomba” e como "um policial muito próximo dos Bolsonaro”.

O título da matéria da Veja era "Como o clã Bolsonaro tenta recuperar seu espaço político no Rio".

Curiosidade: quando foi chamado para a reestruturação claudiano-bolsonarista da Civil do Rio, na esteira da defenestração de Witzel, Oliveira estava há um ano e meio afastado da polícia, atuando como "consultor da Petrobras".

Um mês depois de assumir, Rodrigo Oliveira comandou uma operação em Itaguaí que resultou na morte de 12 pessoas. Segundo a Civil, todos milicianos. Ontem, ele comandou o massacre de 25 pessoas em Itaguaí. 

Em duas operações num intervalo de oito meses, a equipe de Rodrigo Oliveira, só a equipe de Rodrigo Oliveira, matou três vezes mais pessoas do que a média de letalidade policial por ano na Alemanha.

Anteontem, horas antes da operação no Jacarezinho, Bolsonaro se reuniu com Claudio Castro no Palácio Laranjeiras. 

Se o Rio ainda tiver imprensa, alguém poderia fuçar se, além de Castro, mais alguém "muito próximo dos Bolsonaro” participou da reunião que antecedeu a operação no Jacarezinho, que foi sucedida, por seu turno, de um discurso de Rodrigo Oliveira contra o STF.

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