quarta-feira, 12 de maio de 2021

Pazuzu tenta fugir da CPI com Habeas Corpus do STF


Luis Felipe Miguel 

Pazuello quer escapar do depoimento à CPI - e a AGU prepara um pedido de habeas corpus para apresentar ao Supremo.

A justificativa é que, depondo como testemunha, ele ficaria impossibilitado de mentir ou omitir para não se incriminar.

Covarde, ignorante, subserviente, criminoso. Quanto mais um ex-ministro acumula estes adjetivos, mais ele vira ídolo e se credencia para disputar algum cargo no ano que vem.

É por isso que o bolsonarismo é um fenômeno difícil de ser compreendido.

Hoje tem Wajngarten na CPI, que promete revelações comprometedoras. Como as de ontem, do presidente da Anvisa, que optou por tentar limpar um pouco sua barra (sem nenhum trocadilho) mesmo às custas de queimar o governo genocida.

Um governo que já entendeu que nos trabalhos da CPI não se salva, seja porque a conduta criminosa na condução do enfrentamento à pandemia é realmente espantosa, seja porque sua articulação política é débil.

Preferiu agir de outra forma, colocando a PF contra Dias Toffoli. Serve tanto para animar a base quanto para forçar uma negociação.

Longe de mim colocar a mão no fogo por Toffoli, um dos mais mesquinhos ministros do Supremo. Mas é claro que a ação da PF é tudo, menos republicana.

É que os aparelhos do Estado hoje só funcionam com base em interesses circunstanciais. Isso que dá, quando um país decide que a Constituição não vigora mais.

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