segunda-feira, 22 de abril de 2019
O que fazer com os bolsomínions arrependidos?
Leandro Fortes
MADALENAS
O mais novo dilema da esquerda (não só a namastê, registre-se) é o que fazer com os bolsominions arrependidos.
É uma discussão necessária por duas razões: essa pessoas votaram deliberadamente em um candidato fascista e oligofrênico, quase que exclusivamente por ódio de classe; estão pulando do barco com menos de quatro meses de governo, por covardia e oportunismo.
A vida, a literatura e a História já demonstraram, exaustivamente, que as conversões direita-esquerda são muito mais raras que o contrário, por razões diversas, a principal delas, a possibilidade de ganhar uma vaga na Globo News.
As recentes crises de arrependimento do cineasta José Padilha e do cantor Dinho Ouro Preto são emblemáticas dentro desse processo porque ambas são, claramente, uma ação oportunista de lavagem de biografia.
Padilha sempre se comportou como um boçal, quando o assunto é política. Deu à direita brasileira, de Aécio a Bolsonaro, os argumentos pseudorracionais sobre violência e segurança da forma mais cínica possível.
Dinho é uma viúva dos tempos de glória do rock nacional, do mesmo jeito que Netinho, na Bahia, se debate sobre a memória do axé. Fraco, despolitizado, apavorado com o esquecimento, tornou-se um adesista profissional, faz tempo.
Na guerra, toda ajuda é bem vinda. Mas há de se evitar, em algum momento do futuro, a ressurreição dessa gente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário