segunda-feira, 22 de abril de 2019

Marielle e o fascismo em Ouro Preto


Luis Felipe Miguel

O simbolismo de policiais apagando com as botas o tapete de flores em homenagem a Marielle é chocante.

Agora, a guarda municipal de Ouro Preto explica que “a liberdade de expressão não é absoluta” - não, não é, mas essa conversa anda ficando preocupante, tem sido uma desculpa universal para todo o tipo de censura - “ainda mais quando outros direitos estão sendo afetados”.

Alguém consegue explicar qual direito é ameaçado com uma homenagem a Marielle?

A nota termina em tom de ameaça: “O recado já foi dado em 2018, em 2019 não foi diferente”.

Qual foi o recado? Para quem lê a nota, não fica claro. Foi a execução de Marielle? Foi a eleição de Bolsonaro? Imagino que a nota queira se referir a alguma ação da guarda municipal ouropretense, mas a ambiguidade é assustadora.

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