sábado, 27 de abril de 2019

O silêncio da Milícia de Curitiba


Moisés Mendes

O SILÊNCIO DE DALLAGNOL

Lula abordou ontem um tema constrangedor para o Ministério Público Federal e que até agora não tem uma explicação convincente, se é que isso será possível.

É a tal fundação que Lula chamou de Criança Esperança de Deltan Dallagnol. Alguém está satisfeito com as explicações dadas pelo procurador para a ideia de criação de uma fundação com R$ 2,5 bilhões de uma multa paga pela Petrobras?

Alguém teve acesso a essas explicações? Se teve, por favor me encaminhe. Porque imagino que ninguém sabe nada até agora sobre o que seria feito dessa dinheirama.

Dallagnol se reuniu esses dias com a procuradora-geral Raque Dodge, e a imprensa contou que eles trataram do assunto. Mas não há uma linha, uma só, sobre a tal fundação e o destino que seria dado ao dinheiro.

Ficar calado diante da ideia abortada não significa que todos estejam satisfeitos com o desfecho do caso, até porque não se sabe se esse é mesmo o desfecho. Quem vai explicar, em nome da transparência, o que Dallagnol pretendia com a fundação?

Combater a corrupção? Profissionais das mais variadas áreas se dedicam ao combate à corrupção, na maioria das vezes sem nenhum apoio, apenas com a disposição e a coragem. Por que Dallagnol precisaria de tanto dinheiro da corrupção para combater a corrupção?

Qual era participação de Sergio Moro, como chefe da Lava-Jato, nessa história, já que ela era o juiz todo poderoso, ou ele não sabia de nada? O juiz nunca foi avisado sobre a fundação?

Deltan Dallagnol está quieto e encolhido, mas em algum momento terá de falar. É uma pauta que os jornais engavetaram. Que desengavetem, ou Dallagnol tem poderes que desconhecemos?

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