— Não à aposentadoria, não aos impostos, sim às armas!!
Interessante o desdobramento das manifestações: governo, Câmara, Senado e Supremo se reuniram e decidiram "assinar pacto em resposta aos protestos", segundo diz o site da Folha. O Estadão fala em "pacto por reformas". O Globo, com sua novilíngua característica, em pacto "para retomar crescimento".
O pacto proposto tem como ponto central, segundo os relatos, a aprovação do fim da Previdência Social. Aparecem também uma reforma tributária indeterminada - seria ela o fim definitivo da progressividade dos impostos, como propôs Paulo Guedes ainda na campanha? Aparece também a questão da "segurança pública" - talvez o pacote de ampliação da violência do Estado de Sérgio Moro.
Em suma: as manifestações a que eles reagem são aquelas de domingo. As de 15 de maio, embora indiscutivelmente maiores, são ignoradas.
É uma ilustração perfeita de a quais interesses os poderes da República servem. E de como, a despeito de seus desentendimentos pontuais, todos estão juntos no básico: bloquear qualquer possibilidade de que o campo popular seja aceito como interlocutor político.
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