sexta-feira, 31 de maio de 2019

PRESOS EM UM PIBÍCULO


Vinicius Torres Freire

Quando a água bate nas costas, para não dizer outra coisa, até economista ultraliberal inventa um modo de estimular o consumo. Ou, como disse Paulo Guedes, de modo pitoresco e característico, dá-se um jeito de fazer uma “chupeta na bateria” arriada do PIB, tal como esse negócio de liberar FGTS.

Na lerda em que estamos, é alguma coisinha, mas só. O problema é a síndrome de deficiência de investimentos, a começar pelos públicos.

No setor privado, não se investe por ociosidade e/ou medo do futuro, por não haver um programa de concessões de infraestrutura para a iniciativa privada e porque a depressão parece ter danificado ainda mais a máquina econômica e causado uma espécie de fobia de investir.

Para completar, há o efeito Bolsonaro, a baderna política e administrativa de seu governo e sua incapacidade atroz, não raro feroz. Isso causa mais desconfiança, é óbvio, com efeitos evidentes a partir deste trimestre.

Como ninguém aguenta seis anos de crise, a chapa começa a esquentar, pelo menos no debate econômico.

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