PSEUDOBACHARÉIS
A fixação da extrema direita brasileira pelos Estados Unidos e pelo american way of life criou uma onda de estelionatos acadêmicos desnudados, agora, pelo bolsonarismo.
A Universidade de Harvard, que habita o inconsciente coletivo dessa tigrada semianalfabeta, transformou-se em um delírio acadêmico orientador dos currículos de autoridades públicas ávidas por se autoafirmar como gente letrada.
Esse estelionato, além de, obviamente, criminoso, é também simbólico sobre a mentalidade colonizada dessa turba - ministros, procuradores, gestores públicos - em relação ao conhecimento.
Para a maior parte dos eleitores de Bozo, o conceito de alta escolaridade está ligado à fantasia pequeno burguesa de meritocracia, daí a profusão de currículos cheios de mestrados, doutorados e MBAs que não suportam um avaliação minimamente profissional, quando não uma simples checagem jornalística.
O caso mais recente é de um aliado de primeira hora do Reich, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, outro que formou-se na Harvard Fantasy da Bozolândia.
O fato é que o governo Bozo apenas deu visibilidade a um fenômeno que sempre esteve presente no submundo da tecnocracia brasileira, mas que, antes, não chamava a atenção, por desprezível, academicamente falando.
Assim, quatro ministros já foram pegos na mentira: Abraham Weintraub, da Educação; o antecessor dele, Ricardo Vélez Rodriguez; Ricardo Salles, do Meio Ambiente; e Damares Alves, dos Direitos Humanos.
Esta última, como sempre, inovou. Damares colocou no currículo ser mestra em educação, direito constitucional e direito da família. Flagrada no estelionato, argumentou ter sido formada pela Bíblia.
Agora, descobriram que Deltan Dallagnol, o beato Salu do Ministério Público, apagou do currículo um alegado mestrado, claro, em Harvard.
É esse, o nível.
Basicamente é mesmo colonialismo. O velho complexo de viralats
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