Bernardo Mello Franco
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, neste domingo, que indicará o ministro Sergio Moro para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal.
A promessa contraria o pacote de 70 medidas contra a corrupção apoiado pela força-tarefa da Lava-Jato e pelo próprio ministro da Justiça.
A 29ª medida do pacote proíbe a indicação ao STF de quem tenha, nos quatro anos anteriores, "ocupado mandato eletivo federal ou cargo de procurador-geral da República, advogado-geral da União ou ministro de Estado".
A regra impediria a nomeação de Moro, que assumiu o Ministério da Justiça em janeiro de 2019.
Se aprovado, o pacote anticorrupção também pode frustrar uma eventual candidatura do ex-juiz ao Planalto depois de ocupar vaga na Corte. A proposta estabelece que os ministros do STF ficarão inelegíveis para qualquer cargo público no prazo de até quatro anos depois de deixarem o tribunal.
Moro já deu uma demonstração pública de apoio ao pacote. Em dezembro, ele se deixou fotografar com o livro "Novas Medidas Contra a Corrupção". Estava no avião a caminho do Rio, para se encontrar com Bolsonaro e aceitar o cargo no governo.
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