segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Imprensa europeia abre fogo contra o 'câncer' Bolsonaro


Nelson de Sá
Jornais de França, Alemanha e outros, à esquerda e à direita, voltaram capas inteiras contra o presidente brasileiro 
O Brasil e seu presidente não estão na França para o G7, mas ocuparam as primeiras páginas europeias ao longo do fim de semana. Na manchete impressa do Le Monde no domingo, “Amazônia: clamor mundial contra Bolsonaro”.

Editorial destacado no alto da capa defende que é “Um bem comum universal” e questiona: “Quem é dono da Amazônia? Os nove países em cujos territórios a imensa floresta se estende? O Brasil, que tem 60%? Ou o planeta, cujo destino está vinculado à sua saúde?”.

No Libération, à esquerda, “Bolsonaro, o incendiário”. Em título interno, “Bolsonaro, câncer do pulmão verde”. A floresta e seu vilão também tomaram as capas de Le Figaro, Le Parisien e Ouest France, entre outros franceses.

Na Alemanha, o mesmo quadro, ocupando a primeira página toda do conservador Frankfurter Allgemeine Zeitung, com o envio do exército, e do sensacionalista Bild, mais Die Welt, Süddeutsche Zeitung e Der Tagesspiegel, entre outros pelo país.

Também na Espanha, pelas capas de El País, El Mundo e do catalão La Vanguardia.

Na Itália, o enunciado do La Reppublica foi “O mundo contra Bolsonaro”, enquanto no Vaticano o estatal L’Osservatore Romano trazia a manchete “A Amazônia que queima é uma emergência mundial”.

NA AMÉRICA LATINA
Na manchete do argentino La Nación, “Crise na Amazônia cresce e ameaça acordo União Europeia-Mercosul”, também o destaque do diário mexicano Excelsior.

NOS EUA E REINO UNIDO
O Washington Post deu manchete já na edição de sexta, “Enquanto a Amazônia queima, Bolsonaro distribui pancadas” para desviar responsabilidade. O britânico The Guardian surgiu, no sábado, com “Mundo exige ação do Brasil”.

Já o New York Times, que chegou atrasado à história, vem tentando manter o noticiário no pé da primeira página.

‘BRAZILIAN GIRLS’
Escândalo da plutocracia americana — imprensa inclusive, como revelou a NPR— o caso Jeffrey Epstein chegou ao Brasil. No título do New York Post, “O caçador de talentos amigo de Epstein foi visto buscando ‘carne fresca’ no Brasil antes da prisão” do bilionário, que, acusado de pedofilia, se matou.

Seu amigo teria passado um mês em grandes e pequenas cidades do país, visitando "mais de 20 agências e entrevistando centenas de garotas".

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