Manuela D’Avila entregou o celular à Polícia Federal, para que passe por perícia. Tudo porque o hacker que invadiu os celulares dos lava-jatistas telefonou para Manuela para saber como poderia falar com o jornalista Glenn Greenwald.
Entregou por iniciativa própria, e não porque tenham pedido. E aí vem a pergunta aquela: e o celular de Deltan Dallagnol nunca será entregue?
E aí vem a resposta: não precisa mais. Hoje mesmo o UOL divulgou uma rase de Dallagnol em mensagem de 2015 sobre o que fazer com um réu que se nega a aderir ao esquema da delação.
A Lava-Jato não investigava nada, comia e bebia das delações. E Dallagnol, o procurador sem escrúpulos, diz então o que fazer. Essa é a frase, com os verbos no infinitivo: “Colocar ele de joelhos e oferecer a redenção”.
Alguém pode dizer que a Lava-Jato era uma masmorra medieval. Não era. Os réus eram postos de joelhos, mesmo que no sentido figurado, porque Dallagnol é religioso.
O procurador faz pregações com grande eloquência, no púlpito, nos cultos dos domingos de uma igreja Batista do Bacacheri, bairro de Curitiba.
Réus de procuradores religiosos ficam de cabeça baixa e de joelhos. E aí então obtêm a redenção. Dallagnol deve rezar antes, como bom beato, para que isso aconteça.
Dallagnol é bíblico, tem fé. Tanta fé que está certo de que vai escapar de punições no Conselho Nacional do Ministério Público e continuar fazendo palestras por muita grana.
Dallagnol acredita que irá sobreviver porque foi escolhido por Deus. Mas nem um exorcismo será capaz de salvá-lo.
Dallagnol poderia ser um delator a caminho da redenção. Mas a soberba o condena. O diabo ordenou e Dallagnol já está de joelhos.
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