quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O poder de Moro se esvai de forma melancólica


No meio do caminho


O ex-poderoso juiz de piso, manda-chuva da Lava Jato, celebridade falsificada pela mídia reacionária está murcho. Agora, no JN, apareceu cabisbaixo, gravata frouxa, olhos fechados no meio de respostas, titubeando, em entrevista à Andrea Sadi. 

Foi para o governo que ajudou a eleger achando que seria glorificado, respeitado pelo presidente Bolsonaro e sua base de apoio no Congresso. E só vem colecionando derrotas. O presidente grosseiro, truculento e ignorante, não o poupa de humilhações várias. 

O The Intercept mostrando, aos poucos, de forma responsável, o lamaçal da operação do qual foi o condutor, tornou o ex-juiz e seu operador vassalo no MPF, Deltan Dallagnol, figuras desprezíveis entre amplos setores dos mundos jurídico e político. 

O que fará Sérgio Moro? Inegavelmente possui, ainda, apoio popular. Mas, se correr para fora do governo, o bicho pode pegar. Perde o foro privilegiado e os espaços que o ministério da Justiça ainda lhe proporciona para se defender e tentar ajudar os seus mosqueteiros. Se ficar no governo será humilhado, aos pouquinhos, pela máquina de triturar pessoas da família Bolsonaro. 

O poder de Moro se esvai de forma melancólica.

E o poder não costuma aceitar os fracos, os que acham que podem sobreviver no meio do caminho.

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