O bolsonarismo só existe no meio da abjeta ignorância e perseguição da inteligência como política de governo. Os cientistas do INPE, que denunciaram o potencial destrutivo das queimadas na Amazônia semanas antes, não foram considerados e foram demitidos. Os cientistas sociais que denunciaram o potencial destrutivo do Golpe de 2016, o aparelhamento político da Lava Jato e do judiciário, a escandalosa prisão política de Lula e de outros, as fraudes eleitorais, o aumento da deterioração social, da concentração de renda e do arrocho salarial não conseguiram deter o desastre.
O fato é que para muitos setores de classe média e dirigentes internacionais somente as fotos de animais e da Amazônia queimando motivam algumas reações, fotos de trabalhadores ou pobres mortos, o aumento da mortalidade infantil e de gente sofrendo não mobilizam tanto alguns setores como o bicho morto e incendiado.
Da mesma maneira que Reagan ficou ao lado de Thatcher nas Malvinas, Trump ficará com Macron e o G7. O atual governo autoritário de Bolsonaro está no mesmo nível político e moral de sub-regimes ditatoriais de direita, como os atuais governos das Filipinas, da Indonésia, do Egito, do Paraguai e do modelo do Haiti da família Duvalier, com seu estilo nepotista de governo familiar, com seu filho "Baby Doc", as forças armadas e policiais convertidas em espécies de milicianos e Tonton Macoutes ajagunçados pelos Queirozes e escritórios dos crimes locais.
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