Se a intenção do 247 e do Coimbra era a de tranquilizar os que tem medo do horror fascista, passaram longe. O Brasil tem (cerca de) 208,5 milhões de habitantes. 12% é 25 milhões de pessoas. Ah, mas ele está se referindo ao eleitorado... o Brasil tem 147.302.354 eleitores, 12% é 17,6 milhões...
Mesmo dando um desconto de covardes falastrões de 90%, restam 1,76 milhões de pessoas, a maior parte constituída de homens violentos e armados. Qual a porcentagem de PMs bolsonaristas extremados? E a de militares, policiais civis e federais, seguranças e outros grupos armados e treinados para a violência? Bolsonaro tem aprovação de 48% dos empresários, dinheiro não vai faltar, e 46% dos evangélicos pentecostais, fanáticos também não vão faltar. Estes números seriam bons ANTES da eleição. Na verdade, 10% de fanáticos violentos não é bom nunca, mas no nosso caso seria até aceitável.
Ainda que este quadro melhore nos próximos meses -SPOILER: não vai melhorar- ainda teremos centenas ou, no mínimo, dezenas de milhares de fanáticos violentos dispostos a invadir o congresso, o STF e qualquer outra instituição ou grupo que identifiquem como inimigo. Não é um país onde se possa expor suas ideias sem pensar na possibilidade de agressão e morte. O fascismo NUNCA precisou de maiorias para se impor depois de conquistar o governo, a melhor saída continua sendo o aeroporto.
Núcleo duro do bolsonarismo é de apenas 12% da população
247 - Pesquisas Datafolha e Vox Populi constatam que o núcleo duro do bolsonarismo no país está ao redor de 10% e não dos 30% que se indicava até agora. Segundo Marcos Coimbra, diretor do Vox Populis, até o final do ano a aprovação ao governo Bolsonaro ficará restrita a este núcleo e a desaprovação ao governo será de aproximadamente 50%. Segundo Mauro Paulino e Alessandro Janoni, o perfil deste núcleo é composto por homens brancos, acima de 35 anos ou aposentados e de classe média.
Marcos Coimbra anota que apenas 11% dizem “gostar muito” de Bolsonaro e que a adesão a suas políticas não está distante deste índice: considerando a soma de “ótimo” e “bom”, apenas 15% dos entrevistados aprovam as politicas do governo para a geração de empregos, 15% para o meio ambiente, 11% para a valorização do salário mínimo, 21% para a educação, 14% para a saúde, 14% para a projeção da imagem do Brasil no Exterior.
Segundo os dirigentes do Datafolha, o núcleo dos "entusiastas de Bolsonaro" é aquele que nele votou em 2019, classifica sua gestão como ótima ou boa e diz confiar muito nas suas declarações, corresponde. "São bolsonaristas 'heavy' (nomenclatura utilizada em pesquisas de opinião para enfatizar a intensidade de um fenômeno)", escrevem Paulino e Janoni. O grupo tem perfil de verdadeiro fanatismo: "É o único segmento onde a maioria diz que Bolsonaro se comporta como presidente da República em todas as situações e que seus filhos mais ajudam do que atrapalham o governo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário