Por Leandro Fortes
O Roda Viva com o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, deixou claro que a Lava Jato não destruiu apenas as instituições e a economia do País. Acabou, também, com o jornalismo brasileiro.
Diante de um dos mais importantes jornalistas do mundo e de uma pauta absolutamente instigante - os vazamentos do Telegram - a âncora do programa e a maioria dos repórteres presentes desandaram, inacreditavelmente, a fazer uma defesa rasa, servil da Lava Jato.
Trata-se de mais um subproduto do antipetismo: a falência, nas redações da mídia nacional, do pensamento crítico e da ousadia intelectual.
De tanto se anular como repórter, o jornalista médio da imprensa brasileira tornou-se uma sombra do pensamento conservador, ora submisso, ora uma besta fera tola e irracional, a serviço dos interesses do patrão.
Tornaram-se, todos, tarefeiros.
Diante de um profissional como Glenn, acuados pela própria covardia, derretem-se em platitudes, incoerências e narrativas encomendadas.
As mais tristes, as mais deploráveis.
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