Luis Felipe Miguel
Por que a Folha de S. Paulo daria uma página e meia para uma cientista política estadunidense da qual ninguém ouviu falar, vinda de uma universidade pouco conhecida com um departamento de Ciência Política desimportante, desenvolver a tese estapafúrdia de que "Bernie Sanders é o Bolsonaro dos EUA"?
Certamente não para influenciar a eleição de lá.
O objetivo é reforçar aqui o discurso dos "dois extremos". O mesmo que foi usado na eleição de 2018 para alavancar a vitória de Bolsonaro.
Enquanto esse discurso não for abandonado, vale aquela conclusão: os "liberais" brasileiros reclamam, protestam, se indignam, às vezes ficam até furiosos, mas, sempre que existe um risco mínimo de avanço da igualdade, estão prontos para flertar com o fascismo.
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