sexta-feira, 20 de março de 2020

Ministro anuncia colapso e caos para o fim de abril

Marcio Pochmann 
Ministro da saúde de Bolsonaro antecipa que até o final de abril, o sistema de saúde  colapsará. Ou seja, o neoliberalismo derreteu e se o governo não ousar com novas políticas de atendimento à base da pirâmide social, o saque se generalizará. Aqui não é Itália ou Suíça.

Mandetta diz que curva de transmissão do coronavírus só terá queda brusca em setembro


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta sexta-feira (20) que a curva de transmissão do novo coronavírus no Brasil só deve apresentar "queda profunda" em setembro.

A declaração foi dada por Mandetta durante videoconferência do presidente Jair Bolsonaro com empresários.

"São Paulo está fazendo o início do seu redemoinho [de transmissão]. A gente imagina que ela vai pegar velocidade e subir nas próximas semanas, 10 dias. A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida, isso vai durar os meses de abril, maio, junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração. O mês de julho deve começar o platô. Em agosto o platô vai começar a mostrar tendência de queda e aí a queda em setembro é profunda, tal qual a de março na China", concluiu.

Ainda segundo o ministro, pelas projeções atuais o sistema brasileiro de saúde entraria em colapso no próximo mês.

"Temos um sistema de saúde presente. Conseguimos amenizar o atendimento, temos um tempo para ganhar. Temos aí 30 dias para que a gente resista razoavelmente bem, com muitos casos, dependendo da dinâmica da sociedade. Mas claramente em final de abril nosso sistema entra em colapso."

"O que é um colapso? Às vezes as pessoas confundem colapso com sistemas caóticos, críticos, onde você vê aquelas cenas, pessoas nas macas. O colapso é quando você pode ter o dinheiro, pode ter o plano de saúde, pode ter a ordem judicial, mas simplesmente não há o sistema para você entrar." Segundo Mandetta, é este o cenário que a Itália está vivendo hoje. Ele destacou que se trata de um país de primeiro mundo. "Não tem onde entrar [no sistema de saúde]."

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