sexta-feira, 19 de abril de 2019

O ocaso vergonhoso do Príncipe da Privataria


Claudio Guedes

Ocaso

Vergonhoso o comentário de FHC, que foi duas vezes presidente da República, contra o falecido Alan Garcia, também duas vezes presidente do Peru.

Primeiro, porque este se suicidou ao ser acusado - nada provado até então - de corrupção. No mínimo teria que ter do ex-presidente brasileiro o benefício da dúvida. Estava apenas sendo investigado. Não tinha sido julgado. Não tinha sido condenado.

Em segundo lugar, porque FHC governou numa maré de escândalos de corrupção impressionante envolvendo muitos dos auxiliares próximos a ele. Foi um presidente que acobertou corruptos e praticou nepotismo nomeando parentes e amigos pessoais para altos cargos da República.

Em terceiro lugar, porque FHC não vive em nenhuma simplicidade: é mentirosa essa sua afirmação.

FHC comprou, pouco antes de deixar o cargo de presidente da República, o apartamento do banqueiro Edmund Safdié, à época dono do Banco Cidade, no elegante Ed. Chopin, em Higienópolis. Com 420 m2 úteis, o apartamento vale algo como US $ 1,200,000.00. FHC pagou cerca de 30% deste valor. Como? Só Deus sabe. Além do mais, a história do apartamento que ele e seus familiares frequentam assiduamente na aristocrática Av. Foch, em Paris, até hoje está mal explicada. Existem indícios fortes que ele é o verdadeiro proprietário do imóvel.

Por último, mas não menos importante, FHC é até hoje a maior liderança política do PSDB. O partido está envolvido em corrupção em tão alto grau que seu ex-presidente, Aécio Neves, responde a mais de uma dezena de processos de corrupção. Seu presidente anterior, Eduardo Azeredo, está preso por corrupção. Os ex-governadores de São Paulo Geraldo Alckmin e José Serra estão enrolados até o pescoço e o primeiro acabou de ter seus bens bloqueados pela justiça. E Paulo Preto e seus R$ 130 milhões desviados - roubados da DERSA - estão assombrando muitas outras lideranças tucanas íntimas de FHC.

O ex-príncipe dos sociólogos tornou-se um hipócrita sem verniz.

Ocaso.

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