A JUÍZA TRAPALHONA
Moisés Mendes
Gabriela Hardt, a juíza que substituiu Sergio Moro em Curitiba, é coerente com a situação geral do país em que o absurdo passou a fazer parte das rotinas e das normalidades.
Leiam essa explicação que ela deu hoje em Curitiba. A juíza disse num evento que de fato copiou parte da sentença de Sergio Moro no processo do tríplex do Guarujá para emitir a sua sentença no caso do sítio de Atibaia e condenar Lula.
E como copiou seu antecessor, cita que Lula é condenado por causa de um apartamento, e não de um sítio. Apartamento é o que está no texto de Moro. Como fez control C e control V, a juíza não se deu conta de que a cola iria denunciá-la.
Hoje, no congresso ao lado do juiz e guru, ela disse que isso é normal. E que não fez cola nem plágio, que fez o que todo juiz faz copiando sentenças dos outros. Será?
“Fiz em cima (da decisão de Moro) e, na revisão, esqueci de tirar aquela palavra (apartamento)”, explicou Gabriela.
Deve ser um belo exemplo para estudantes de Direito. Além de copiar, e copiar mal, ainda explica que copiou mas não admite que plagiou.
Gabriela é a versão de saia do Abraham Weintraub do Judiciário. Cada um com seus textos, suas contas e seus chocolates.
O que mais eles podem estar copiando de Sergio Moro? A lista de biografias? O português? O acanhamento como ministro que não consegue fazer prosperar nada do que defende? A defesa das armas? A defesa da indústria fumageira? A voz? Os pactos com o bolsonarismo? Os silêncios sobre temas relevantes e a falação sobre irrelevâncias?
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