domingo, 21 de junho de 2020

Bolsonaro cometeu mais crimes políticos de responsabilidade nesta semana do que em 130 anos de Presidência da República



Ricardo Costa de Oliveira

Bolsonaro cometeu mais crimes políticos de responsabilidade nesta semana do que em 130 anos de Presidência da República. Seus esquemas ajudaram na ocultação e fuga de investigados como Weintraub e Queiroz, a presidência comete genocídio na Saúde com a falta de ministro propagando a pandemia em alta. 

Basta escolher crimes da família Bolsonaro "à la carte": rachadinhas de assessores, corrupção na Furna da onça, conexões com a bandidagem miliciana de ex-PMs aos 300, indústria de fake news, atos contra a democracia, atos contra as instituições, contra a Constituição e por aí vai. 

A responsabilidade de quem colocou e deixou a quadrilha de Bolsonaro no poder é de quem não denunciou o golpe de 2016, quem permitiu, autorizou ou cultivou o caldo de cultura política maléfico, os discursos incubando o bolsonarismo, o racismo, o golpismo, hoje eclodidos, miseráveis e virulentos. 

Sem os apoiadores e os falsos isentões durante o golpe de 2016 não haveria bolsonarismo, como não haveria Hitler e nem Mussolini sem a mãozinha providencial do centro, sem o apoio empresarial, o apoio dos juristas, o apoio dos militares extremistas, o apoio do tiozão do pavê, do contabilista, do metaleiro racista de direita, do jornalista desejoso de agradar seus patrões, sem o apoio do professor da enrustida neutralidade axiológica direitosa, dos astrólogos terraplanistas, dos impastores, dos tucanos, da farsa "das instituições estão funcionando normalmente" no golpe. 

Sem a presença de muitos outros tipos inconvenientes como estes, abertamente reacionários ou não, como nas décadas de 1930 e 1920, não haveria o estrago do bolsonarismo na presidência.

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