A maioria dos ministros do STF conseguiu um raro consenso entre a esquerda e a direita - serem repudiados e rejeitados por todos os lados, de modo que o sistema judicial se torna um partido político dentro da República, ao lado do outro e maior partido das Forças Armadas, no seu corporativismo atrasado, guloso e autoritário. São instituições caracterizadas por serem desleais e não apresentarem confiança e nem segurança para o sistema político e para a democracia. A farsa da injusta prisão política de Lula que o diga.
Uma das colunas centrais do golpe, desde 2016, foi o STF e o perfil dos ministros nomeados por Lula e Dilma foi o pior possível. Entendessem ou consultassem quem conhece a sociologia política da formação da magistratura no Brasil e não teríamos jamais certos tipos de estabelecidos e outsiders, como os indicados pelos governos do PT para as cortes superiores. Os parvenus lá colocados pelo PT foram os piores desde a ditadura militar, tanto que os decanos do STF ainda conseguem ser os menos piores. Uma das principais recomendações de Maquiavel aos poderosos é a grande cautela e cuidados com os aduladores. Soma-se a isso os impactos da regionalização na política brasileira, as indicações político-jurídicas de São Paulo tendem a ser as piores dentre as piores, vide um Toffoli e um Alexandre de Morais, resquício de certas políticas e negociatas paulistas de Temer.
O STF quer agir agora depois que permitiu a longa e lenta deflagração do golpe por Eduardo Cunha e Temer, permite a manutenção da covarde e inconstitucional prisão de Lula. Agora só consegue desagradar a todos o tempo todo, na sua falência institucional e no suporte ao que temos de pior no bolsonarismo, destinado a se afundarem politicamente cada vez mais rapidamente, todos juntos e abraçados.
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