quinta-feira, 22 de agosto de 2019

A imprensa é cúmplice da morte da Amazônia


Moisés Mendes

Antes do golpe de agosto de 2016, a Globo inventou a cobertura de passeatas com helicóptero. Agora, enquanto o fogo consome com a Amazônia, os jornais e as TVs fazem cobertura da aceleração da morte da floresta por satélite.

A floresta é consumida há meses, e as imagens de terra que se repetem são do grande fotógrafo Araquém Alcântara. O resto é tudo imagem do espaço. Sem as fotos de Araquém, não teríamos mais nada. 

Se a Amazônia desaparecesse nos próximos dias, os jornais teriam de ir a julgamento, como aconteceu com os nazistas em Nuremberg, por cumplicidade com o extermínio.

Os jornais estão com medo dos desmatadores, dos latifundiários e dos grileiros matadores de índios, aliados de Bolsonaro? 

Se estão, que peçam a proteção das Forças Armadas, para que cumpram sua missão de informar.

Os militares negariam apoio à imprensa, para que se mostre quem está destruindo a Amazônia? O bolsonarismo acovardou o jornalismo?

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