quinta-feira, 16 de abril de 2020

Moro de saias


Claudio Guedes

Era chamada assim a juíza Selma Arruda do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Juíza com fama de durona se lançou na política em 2018, elegendo-se para o Senado Federal. Entretanto, achou que tinha imunidade para não respeitar leis e regras. Típico de uma suposta elite do poder judiciário brasileiro: togados que se julgam acima da lei e da Constituição.

Ontem, 15/4, a Mesa Diretora do Senado oficializou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e declarou a perda do seu mandato pelos crimes de caixa dois e abuso de poder econômico. Sua campanha foi um escândalo, financiada de forma irregular por um milionário suplente. Na verdade, a juíza "vendeu" a suplência como ficou comprovado.

Lá se foi a Moro de saias. Rumo ao ostracismo.

Um bom sinal. Quem sabe em breve possamos assistir a defenestração do Moro sem saias, um também ex-juiz, medíocre e sem escrúpulos, que também atropelou leis, desrespeitou o código de ética da magistratura e a Constituição da República na sua ambiciosa escalada rumo ao poder político.

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