Para quem estranhar alguma mudança de tom no Jornal Nacional desta noite, com pouca ou nenhuma referência ao ensandecido presidente da República, deve-se considerar a hipótese de estar sendo cuidadosamente consolidada a nova estrutura de poder no Executivo. O general Walter Souza Braga Neto foi promovido do Ministério da Casa Civil para a condição de "presidente operacional", Jair Bolsonaro foi colocado à distância do poder, sob observação.
A reação do grupo ligado à família Bolsonaro foi tímida, rapidamente desestimulada por recados dados diretamente aos filhos do presidente eleito. Carlos Bolsonaro, que havia se transferido para o Planalto, está sendo chamado de "trotskista de direita" pela mídia que acompanha a vida na caserna. O "gabinete do ódio" deve começar a ser desmantelado nos próximos dias, depois que circulou num dos grupos um ensaio para desqualificar Braga neto, dizendo que ele ascendeu na carreira durante o governo Lula, tendo cumprido missões como adido militar na Polônia e nos Estados Unidos.
A circunstância criada com a interdição efetiva, embora não oficial, de Bolsonaro, ainda não foi devidamente qualificada pela imprensa à luz da Constituição.
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