sábado, 30 de maio de 2020

A Supremacia Branca


O LEITE COMO DISCURSO

Em um ajuntamento de jegues (para uma base social de asnos), a comunicação não-verbal é um elemento de grande importância. Os caras querem ser de direita, mas faltam-lhes os conceitos, a gramática e o léxico organizados em um discurso racional e coerente. Então, nada melhor que a imagem e os simbolismos para substituir o deserto intelectual da tigrada.

Vocês tem notado que o tenente - nas lives - anda exibindo copos de leite? E a cada tanto sorve a bebida em gestos lentos e estudados - tão cabotino quanto canastrão.

Pura macaquice. O tenente está copiando/imitando os supremacistas brancos dos USA. Segundo estes supremacistas/racistas/nazis, a "raça" branca não apresenta intolerância à lactose, por esse motivo trivial (sem nenhuma garantia científica quanto a tese tão exdrúxula) os brancos seriam superiores às demais etnias que compõem a raça humana.

Vejam o primarismo desta gentalha: o leite representa o critério da verdade acerca da supremacia/superioridade dos brancos.


Acabo de ver o vídeo do tal Allan Santos bebendo um copo de leite para assumir que o copo de leite do chefe era, sim, um ato simbólico de apoio à supremacia branca. Sequer vou entrar no mérito de que, num grupo original de supremacia branca, Allan Santos não conseguiria beber o copo de leite porque antes de ele dar bom dia seu pescoço já teria sido quebrado no meio-fio com uma pisada de coturno. Ele não consegue beber o leite. Derrama tudo na bancada. Nem o leite aguenta ele. O leite literalmente foge do copo do Allan Santos. Supremacia meu cu, seu Plinio Salgado de várzea. Estou espumando demais de ódio pra fazer muito sentido e conseguir ser racional, vou parar por aqui.

Vou me apropriar por um minuto da semiótica de Leni Riefensthal para defender que Freud não explica tudo, mas ajuda muito. Um desses dois homens brancos brasileiros heterossexuais acredita em supremacia branca. Adivinhem qual?



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