quarta-feira, 27 de maio de 2020

Por que o PT não indicou nenhum Alexandre de Moraes em 13 anos de governo?


Ricardo Costa de Oliveira

Se o PT tivesse "bons" operadores maquiavélicos como Alexandre de Moraes no STF ou no Ministério da Justiça o golpe de 2016 não teria acontecido. O maior erro do PT em 13 anos foi a escolha de jurisconsultos nefelibatas com mentalidades de rábulas jurídico-políticos verborrágicos e entreguistas para o STF e o STJ, com poucas exceções, o que demonstra que o partido nunca entendeu como funciona e opera a classe dominante tradicional brasileira em seus braços jurídicos e políticos, muita ingenuidade e pseudo-republicanismo míope. 

Alexandre de Moraes se torna o maior nome no atual STF, um homem com grande experiência e carreira política em algumas das principais escolas de malandragem política no Brasil, o PSDB e o PMDB paulistas. Moraes teve relevante carreira no executivo e nas secretarias de justiça e de segurança de São Paulo, um estado maior que a Argentina. Esteve no Conselho Nacional de Justiça. Em Brasília afirmam que o grande pulo do gato dele foi quando ganhou toda a atenção e confiança de Temer, quando Alexandre de Moraes, então secretário de segurança em SP, solucionou o caso do roubo do celular de Marcela Temer, com todas as informações e fotos privadas dela, depois disso Alexandre de Moraes conseguiu tudo que queria de Temer, o ministério da Justiça e a vaga no STF. 

Hoje Alexandre de Moraes é o maior ator na oposição e resistência ao bolsonarismo, um homem que enfrenta de igual para igual a bazófia e as ameaças bolsonaristas, como no caso de Ramagem, na PF e sabe que basta atuar em um dos eixos da longa lista de crimes do bolsonarismo para acuá-los, no caso de hoje uma direto contra-ataque na milionária indústria de fake news da direita, uma das colunas centrais e essenciais da existência do bolsonarismo nos últimos anos. Alexandre de Moraes, o "Lex Luthor", está querendo matar a cobra e mostrar o pau, o que na atual conjuntura é uma exceção e destaque no meio da paralisia de outras forças políticas.

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