HADDAD
Cristóvão Feil
Assisti, ontem ao Haddad, no programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo (no intervalo a TV pública anunciava documentários comemorando o que chamam de forma imprópria a Revolução Constitucionalista de 1932, quando a elite paulista levou uma surra de Getúlio). Parte da entrevista.
De fato, desde 2013, houve uma inflexão geral no País, sobretudo na parte inferior da pirâmide social. A política de incentivo ao consumo de massa, desacompanhada de políticas efetivas e permanentes de inclusão social, leva a esse deslocamento da massa mais pobre para a influência de setores tradicionais e conservadores.
As mobilizações de junho/julho de 2013, embora conduzidas pela direita, exibiu esse fenômeno. E muita gente do PT não soube fazer a leitura correta daqueles fatos. Hoje, fica fácil observar e avaliar os resultados, embora ainda tenhamos os renitentes e os cegos políticos de sempre.
De resto, achei o Haddad bem mais positivo e firme que em outras ocasiões. Os traços uspianos dele ficaram subsumidos, pelo menos por ora. Vamos ver a sequência.
O diacho é que as lideranças petistas estão alijadas pela grande mídia, e Haddad mencionou isso, com muita razão e propriedade. Ele esteve por oito anos à frente da Educação do país e sequer foi chamado para o debate sobre a crise profunda/estrutural do ensino/aprendizado do Brasil.
A nossa mídia é de uma burrice monumental, para bem além da sua marca conservadora e associada aos USA.
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