João Ximenes Braga
Na segunda matéria da Pública sobre a relação do FBI com a Lava-Jato, tem fotos dos agentes, nome, ficha corrida, só falta radiografia odontológica. Não há mais espaço para se falar em teoria da conspiração. Foi uma armação dos Estados Unidos.
Acredito eu que as novas revelações trarão uma epifania aos apoiadores de Sérgio Fernando e Danoninho? Claro que não. Ainda não há uma linha no G1 sobre isso. Provavelmente nunca haverá.
Acredito eu que isso poderá influenciar no julgamento sobre a suspeição de Moro no caso de Lula? Não tenho capacidade intelectual nem mediúnica para antecipar o xadrez de disputa de pequenos e grandes poderes daqueles personagens sórdidos.
O que sei é que os EUA têm o hábito histórico de abandonar seus aliados quando não são mais necessários. E logo agora Augusto Aras, que se tornou adversário político de Danoninho, pautou para a próxima terça o julgamento dele no CNMP por abuso de poder no caso do powerpoint sem provas contra Lula, e o TCU abriu investigação sobre o sumiço de dois sistemas de gravação de telefonemas comprados pela Lava-Jato.
A gente começa um texto falando em agentes do FBI infiltrados num país da América Latina para dar um golpe e a memória logo remete a filmes glamourosos de espionagem. Mas quando termina falando no powerpoint do Danoninho, fica claro que estamos vivendo uma paródia estrelada pelo Costinha.
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